terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mais Woody Allen!

 Já tinha essa entrevista guardada há algum tempo! Nem lembrava mais! kkkk

New York Times – A ideia de poderes psíquicos e vidas passadas tem papel central em seu mais recente filme. O que o levou a se interessar por isso e escrever a respeito?
Woody Allen – Eu tinha interesse pelo conceito de fé em alguma coisa. Sei que parece desanimador dizê-lo, mas precisamos de algumas ilusões para seguir em frente.
E as pessoas que conseguem se iludir com mais sucesso parecem mais felizes do que as pessoas que não o fazem. Conheço pessoas que depositaram sua fé na religião e em cartomantes.
Por isso me ocorreu que este seria um bom personagem para um filme: uma mulher para quem tudo sai errado e descobre repentinamente que a pessoa a quem recorre para ler sua sorte na verdade a está ajudando. O problema é que chegará o momento em que ela terá de encarar uma verdade desagradável.

O que lhe parece mais plausível, que tenhamos existido em vidas passadas ou que exista um Deus?
Nenhuma das duas coisas me parece plausível. Minha avaliação sobre isso é severa, científica. Para mim, o que vemos é aquilo que existe.

Como o senhor se sente sobre o processo de envelhecer?
Bem, sou contra (risos). Creio que não haja recomendações em seu favor. Você não ganha sabedoria com o passar dos anos. Na verdade, você se deteriora, é isso que acontece. As pessoas tentam retratar o processo da melhor maneira, dizem que você se torna mais terno. Você aprende a compreender a vida e aceitar as coisas. Mas você trocaria isso tudo por voltar aos 35 anos. Já passei por aquela situação de acordar no meio da noite e começar a pensar sobre a minha mortalidade, pensar no fim -e causa calafrios.


http://www.pavablog.com/2010/09/27/nao-sou-culto-diversao-e-uma-cerveja/

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